segunda-feira, 14 de junho de 2010

Cidade Emergente.

Cidade Operária, no campo das lutas sociais alcançou benefícios e conquistas importantes para o seu desenvolvimento. É imperativo destacar que o resgate no campo do direito a moradia digna, aconteceu no momento certo do ponto de vista estratégico; foram decisivos a atuação do Movimento Popular, da Associação dos Moradores, com o apoio logístico dos padres e irmãos da Congregação João Calábria, no ano de 1988; onde a comunidade era denominada nos meios de comunicação de Cidade Dormitório,campeã de mazelas. Dedicamos em especial méritos aos Padres Valdemar,Júlio Gotardo e Irmão Nestor Forestti; a eles, seremos eternamente gratos, pela valiosa colaboração ao fortalecimento da cidadania,pela ação pastoral, e aos serviços prestados pelo Centro Educacional São José Operário.
OS PRIMEIROS PASSOS.
. Grandes avanços na área da educação, entre o período 88/91, a região foi contemplada com 22 escolas de ensino fundamental da rede pública e 03 escolas do ensino médio; somando-se a dezenas de escolas particulares. Na área da saúde o Socorrão II e o Pam Cidade Operária foram pleiteados pelas organizações comunitárias como prioridade n°2, atualmente presta serviços de grande relevância; considerando o tamanho da população do bairro e comunidades circunvizinhas, constituído na maioria por famílias de baixa renda, e da precariedade do sistema de transportes coletivos.
A grande perda na área ambiental foi a desativação do sistema de esgotamento sanitário, da lagoa de tratamento localizada na Janaina, em 1991. Outros aspectos negativos destacamos: a desorganização do mercado, ocupação de parte das áreas verdes e institucionais, feirinha na calçada do PAM, falta de espaço para atividades sociais, local onde a comunidade possa receber as nossas autoridades.
O ponto de destaque é o Centro Comercial da Cidade Operária que, possui uma rede de centenas de lojas, mercearias, Supermercados, empresas de serviços e trabalhadores autônomos nas áreas de: serralheria, carpintaria, mecânica e pintura; sendo boa parte destes provenientes do CESJO (Colégio dos padres) .
No setor comercial, os supermercados: Silmar, Wanelle, Aragão, Comercial Pina e Materiais de Construções, Armazém Paraíba, contribuíram decisivamente na confiança do mercado. A Cidade Operária é emergente!Possuímos o BRADESCO, Supermercado Matheus, Lojas Gabriella e Ótica Diniz; vem chegando o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal, para atender os 34 bairros que constituem o nosso espaço geográfico.

segunda-feira, 24 de maio de 2010

PRESERVAR O VERDE É PRECISO!

A Cidade Operária possui imensos espaços verdes disponíveis, sendo parte destes desviados para outras finalidades. Na administração do prefeito Tadeu Palácio foi construído o Residencial Gov. Luís Rocha na Avenida Este externa que segue uma reta até o Supermercado Mateus; no local onde foi construído o conjunto habitacional está encravado a macro rede de esgoto da Cidade Operária sendo que nesta área no projeto esta destinado para equipamentos de recreação e lazer. Em frente ao Mateus, foram colocados baldes estacionários receptores de lixo e resíduos sólidos, pela empresa que gerencia a coleta de lixo. Pela planta baixa identificamos áreas verdes nos coretos das unidades 105 e 201, sem nenhuma atividade de beneficio público; considerando que são áreas de uso comum. O Posto de gasolina que fica ao lado da Chopperia Barra de Pau foi construído em cima de uma área verde por onde passa a rede de esgoto. O terreno foi negociado e registrado em cartório no Município de São José de Ribamar. Os estudantes e representantes de organizações populares fizeram no Dia Mundial do Meio Ambiente, passeata de protesto (1992); na justiça a Procuradoria do Município não conseguiu reverter a situação favorável a comunidade.
Benfeitorias- temos a Praça do Viva uma conquista da comunidade junto ao governo do Estado; o local de construção foi indicado em audiências públicas (1999) pelas lideranças comunitárias; ficando a gestão e o zelo do patrimônio publico aos cuidados do Conselho Comunitário e Cultural da Cidade Operária. A população está aumentando, e os nossos anseios quanto à questão do meio ambiente e a nossa qualidade de vida devem constar na pauta de prioridade ou seremos no futuro próximo um enorme aglomerado habitacional, sem espaços de uso publico. Preservar o verde é preciso!
O Verde e as salvaguardas da lei.
Lei federa 6766/79 de uso do parcelamento urbano obriga aos loteamentos, conjuntos habitacionais destinarem áreas verdes para praças e áreas de lazer. Portanto, pela condição jurídica de bem comum do povo; as áreas verdes naturais ou arborizadas podem e devem ser protegidas legalmente pela coletividade através das associações de bairro por meio da ação civil pública (Lei 7347/85) ou pelo Ministério Público, ou ainda pelo cidadão através da ação popular (Lei 4717/65). Áreas verdes são bens públicos de uso comum do povo cabendo ao poder publico municipal cuidar, preservar e manter a sua condição de utilização.

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Resgate da História.

CIDADE OPERÁRIA COMUNIDADE EM AÇÃO
Resgate da História
.
PROJETO
O conjunto Cidade Operária foi construído nos anos 80 com recursos do Banco Nacional de Habitação (BNH), durante os governos João Castelo e Luís Rocha. Planejado para 15 mil casas, foi considerado na época como o maior projeto habitacional da América Latina. Porém, só 7.500 unidades foram construídas.
Infra - estrutura- um planejamento técnico que contava com prédios públicos para escolas, unidades de saúde, além de áreas verdes.
No início de 1986 surge em São Luís uma articulação do movimento de defesa da moradia, com estratégias de realizar a invasão do conjunto habitacional Cidade Operária; um eixo de articulação composta por lideranças que surgiram apartír dos movimentos de sem teto, dos palafitados, seguindo uma orientação da política nacional, de movimentos populares, para cobrir um déficit habitacional. Com a extinção do BNH, e já na gestão do governador Luís Rocha (83 a 87). As casas não foram entregues. Diante desses fatos a Cidade Operária transformou-se em um grande palanque, um espaço para banquete eleitoral. Sentavam-se a mesa advogados, jornalistas, sindicalistas, políticos tradicionais que estimulavam o ato de invasão. As 7500 casas estavam ocupadas. No inicio de 1987, foi protagonizada a cena mais cruel que se tem conhecimento na História da Habitação Popular do Maranhão. A luta do POVO X POVO para garantir o direito ao teto. Os que estimularam a invasão não levaram em conta, na época que na listagem dos 7500 contemplados, haviam, aqueles que sem padrinhos políticos aguardavam a tão sonhada casa. Trabalhadores, pessoas simples, vitimas da politicagem.
OCUPAÇÃO
Cada uma das milhares de casas construídas significava o sonho de pais e mães de família em ter um imóvel próprio e conseqüentemente um pouso certo. ¨Interesses políticos trataram de ir aos poucos modificando um projeto sério e viável, principalmente porque em 1986 era época de eleição; e determinados candidatos tinham um número de casas destinado a seus apadrinhados. Diante da cruel realidade com a indignação da população foi impossível o controle
e a invasão inevitável.
CONTEMPLADOS
Finalmente entre dezembro de 86 e inicio de 87 sai a lista dos mutuários contemplados e instala-se um verdadeiro clima de guerra com duas pessoas brigando por uma casa. Resultado, confusões que acabavam na polícia, em meio ao tumulto e desespero. Como em uma terra sem lei, as casas eram depredadas, sendo comuns caminhões saírem à noite carregados de portas e janelas furtadas dos imóveis.
Com o impasse sobre quem ficaria com a casa, surge a proposta de criar uma comissão dos mutuários, idealizada por Pedro Camara. Daí é lançada em assembléia a idéia de negociação dos imóveis com a COHAB-MA.
No dia 27 de janeiro de 1987 é criada a comissão dos contemplados (mutuários) para negociar com a COHAB a entrega dos imoveis e por fim ao clima de guerra. Ao final das negociações, foi montado um plano de retirada dos ocupantes e entrega imediata aos mutuários da listagem publicada em jornais de grande circulação. O plano de retirada foi denominado de efeito dominó. Executado pela policia, dando cobertura 24 horas. Ainda foi possível abrigar 4.000 contemplados. Permanecendo 3500 mil ocupantes. Num duelo que a injustiça imperava dos dois lados e os oportunistas separados por um grande balcão de negócios.
REGULARIZAÇÃO: OCUPANTES X CONTEMPLADOS
Em março de 1987, Epitácio Cafeteira assume o governo do Estado e declara através da Imprensa que ¨a casa era de quem estava dentro dela¨, silenciando milhares de pessoas.
Solução- a medida foi a COHAB-MA recadastrar quem residia no conjunto, com a participação de representantes das comissões de contemplados e ocupantes. Em outubro de 1989, através de um abaixo assinados enviado a Secretaria de desenvolvimento Social e primeira dama Isabel Cafeteira, que encaminha ao governador e de pronto os contratos foram entregues.
Gestão: Presidente COHAB na época e Governador
Edgar Maranhão- na época dos conflitos(86-87) Luís Rocha
Paulo Marinho - Regularização dos mutuários(88-89)Epitácio Cafeteira
Luís Leite- entrega dos contratos(89-90) Epitácio Cafeteira.
Dr. Fernando Mendonça- Principal Articulador movimento Defesa da Moradia, advogado e presidente da associação dos mutuários do Maranhão
Pedro Câmara- Principal articulador dos movimentos populares e presidente da Associação Recreativa e de defesa Urbana da Cidade Operária.
E A LUTA CONTINUA.
Casa garantida, e agora? Cadê os serviços básicos de infra estrutura? Bem, eles não existiam. Resultado? Mais mobilizações entre os moradores, em busca de serviços essenciais, como coleta de lixo, transporte coletivo, escolas,posto de saúde e meia-passagem para estudantes do local.
MELHORIA DE TRANSPORTES UMA LUTA PERMANENTE.
Minimizada a situação de conflitos da moradia, surgiram as necessidades de providencias dos serviços públicos essenciais; a prioridade foi a ampliação da frota de transportes, o bairro possuía duas linhas a cidade operaria São Cristovão e Cidade Operária Planalto que pertenciam a Empresa São Luís detentora do monopólio. A população aumentou e os ônibus não atendiam as necessidades nos horários de pico. Apesar de a empresa disponibilizar 11 0nibus em cada linha, estes prestavam serviços de forma precária com ônibus superlotados. As empresas eram registradas no município de São José de Ribamar, sem direito á meia passagem.
Em abril de 1987, amenizados os conflitos na questão da moradia e que as partes silenciam após as declarações do governador Cafeteira. A comunidade começa a se organizar em grupos e associações comunitárias. Com o objetivo de transformar a Cidade fantasma, parcialmente depredada, abandonada, em um local em condições habitáveis e com qualidade de vida.
Por decisão do governador no final do 1° semestre foi autorizado, a recuperação de 04 prédios escolas, o ano letivo já estava sacrificado. Sem escolas funcionando a alternativa foi estudar em escolas comunitárias ou em escolas públicas fora do bairro. O maior sufoco para as familias de baixa renda com pagamento de passagens semi urbana sem direito a meia passagem, mudando a rotina dessas pessoas.
Como funcionava o sistema de transportes
Funcionava de forma precária o empresário e deputado José Gerardo exercendo o monopólio destes serviços com 22 ônibus distribuídos entre a linha Operária Planalto e Operária São Cristovão, mais dois ônibus Janaina e 02 Santa Clara. Em horários de pico estes superlotavam. No inicio de maio de 1987, Pedro Camara presidente da Associação Recreativa e de defesa Urbana, entrega em audiência a prefeita Gardênia Ribeiro Gonçalves, uma exposição de motivos, com documentos anexos que comprovavam a Cidade Operária pertencer ao município de São Luís. E conseqüentemente ter assegurado o direito a meia passagem, no cumprimento da lei municipal. Diante do exposto, muitas variáveis dificultavam a imediata aplicação da lei. A de maior destaque apresentada pelo gabinete, foi que a empresa concessionária possuía permissão de outro município. A empresa São Luís começou a prestar serviços quando o conjunto ainda estava em construção, com tarifa de São José de Ribamar. para fazer valer o direito a meia passagem as entidades comunitárias, estudantes e membros da congregação João Calábria criaram o Movimento Popular em março de 1988, fizeram passeata e ao final interditaram a pista principal na curva da UEMA impedindo o acesso dos ônibus nos dois lados da pista. A luta não foi fácil, pois o empresário era conhecido pelos seus métodos violentos. A policia militar esteve presente para evitar piores conseqüências. No segundo dia sem que os manifestantes soubessem o Governador Cafeteira e comitivas estacionaram na entrada da UEMA, onde iriam inaugurar a escola Justino Pereira. O governador procurou saber o que estava acontecendo. Relatamos os fatos. Daí ele perguntou o que faltava para garantir a meia passagem. Explicamos que conforme orientação do Órgão gestor(DMT) havia pendência de transferência da linha, por parte da Secretaria de Obras e Transportes(SETOP) do Estado para o município de São Luís. Ficando o compromisso de o governador autorizar a transferência. As questões de natureza burocrática esticaram por alguns dias; e finalmente a comunidade conseguiu a conquista da meia passagem, daí por diante a Cidade Operária passou a ser tratada como município de São Luís.
MUDANÇAS NO SISTEMA
As precárias condições dos serviços esticou até outubro de 1991, com a rearticulação dos movimentos populares de São Luis propondo mudanças no sistema de transportes e conseqüentemente acabar con a concessão de lihas, substituindo pela contratação de serviços. Na questão específica da Cidade Operária as lideranças reivindicam ao Prefeito Jackson Lago, em audiência que autorizasse ao DMT fazer um levantamento de demanda nos serviços oferecidos na região Cidade Operária. O Secretário de Transportes na época Dr. Pádua Nazareno comprovou a precariedade dos serviços em atender uma população neste periodo de 100 mil habitantes, com 28 ônibus no total.
PREFEITO AUTORIZA NOVAS EMPRESAS
A título precário e em caráter emergencial, o prefeito autorizou a entrada a entrada de vária empresas a exemplo da Primor, Gonçalves, Taguatur e outras a circular no bairro até que os donos do monopólio, ampliasse a frota. A melhoria destes serviços aconteceram de forma lenta.No final do ano de 1999, o prefeito autorizou a entra de empresas para substitui os 36 onibus da empresa JULLE, por irregularidade citadas durante a CPI do Narcotráfico.
Do ano de 1998 até 2002 a situação normalizou decorrente de outros fatores:
O surgimento e crescimento da Cidade Olimpica, a maior area de ocupação do Brasil, o funcionamento do hospital Socorrão II e a pavimentação da estrada da Mata que beneficiou diretamenta mais de 50 mil habitantes.
A CIDADE OPERÁRIA QUER A VOLTA DAS LINHAS PRÓPRIAS
Apartír de 2003 com a extinção de linhas próprias a Cidade Operária transformou-se em um imenso corredor de ônibus que servem outros bairros mudando a rotina das pessoas que passam o maior sufoco,em longas caminhadas, enfrentando uma longa espera de ônibus superlotados vindos de outros bairros. O povo manifesta: QUEREMOS NOSSOS ÔNIBUS DE VOLTA.

Cidade Operária, em longa espera:
Pela volta das linhas de ônibus própria.
A comunidade da Cidade Operária aguarda com muita paciência que o poder público municipal e o consórcio do sistema integrado de transportes coletivos levem em conta as necessidades do povo. A situação precária dos serviços oferecidos ao bairro Cidade Operária tem mudado a rotina das pessoas que precisam levantar mais cedo, fazer longas caminhadas, passar por um verdadeiro sufoco, por uma longa espera para chegar a escola ou ao trabalho.
O momento crítico começa apartír das 6;20 até as 7;20, nos horários de pico os moradores se aglomeram nas paradas, esperando os ônibus que vem de outros bairros(já que a comunidade possui uma única linha com quatro ônibus) a maioria chegam completamente lotados, e passam direto para o terminal; fazendo literalmente de nossas avenidas de um imenso corredor de transportes.
Apartír das 7:20 a situação ameniza, dá pra ter vez e se acomodar nos ônibus superlotados; é comum a qualquer usuário chegar atrasado a seu destino.
Em reunião com o Secretário Municipal de Transportes Coletivos o eng° Dr. José Ribamar Oliveira, manifestamos em sugerir ao Prefeito João Castelo em instituir através de decreto a título precário e emergencial, que o Consórcio de Empresas amplie a frota de coletivos na Cidade Operária e em seu entorno. Considerando que esta comunidade não possue linha própria. Já estivemos em duas oportunidades com o Secretário em 06 de julho e em 31 de agosto deste, no seu gabinete, ficando acertado o retorno para anunciar as decisões tomadas no tocante à proposta de pauta apresentada.
É do nosso conhecimento que constam no mapa que treze linhas de ônibus passam pela Cidade Operária num total de 134 ônibus. Ficamos surpresos com os números apresentados que seriam suficientes para atender tranquilamente mais de 50 mil usuários diariamente. Esperamos que nos horários de pico coloquem ônibus suficientes para atender a demanda.
Veja abaixo as linhas:
Mata.01 Santa Clara.15 Tropical São Francisco.23 Socorrão.23 Cidade Olímpica Ipase.10 Janaina Terminal.02 Kiola.02 Jardim América 10 Jardim tropical Santos Dumont.10 Cidade Operária São Francisco.06 Maiobinha.01 Cidade Olimpica Rodoviária.08 Cidade Olimpica São Francisco 10n Janaina Riod Centro.13
Pedro Mariano da Paz Câmara
Articulação do Movimento Popular Cidade Operária

terça-feira, 27 de abril de 2010

CIDADE DORMITÓRIO


DE VOLTA AO PASSADO!
A Cidade Operária na sua fase de ocupação e durante o período de regularização dos mutuários (1987/1989) enfrentou os seus momentos angustiantes pela ausência do poder público, com aproximadamente 30 mil habitantes era chamada de Cidade Dormitório; carente de todo tipo de infra estrutura, coleta de lixo precária, possuía duas escolas inauguradas pelo governador Cafeteira e mais oito escolas comunitárias; quanto aos outros serviços: segurança, transportes e saúde, funcionavam de forma precária. As matérias jornalísticas da época destacavam a Cidade operária de campeã de mazelas, do abandono; os moradores antigos eram permanentemente vítimas de chacota; de gozação. Hoje a situação mudou a cidade cresceu ficou mais bonita e valorizada; possui um grande Centro Comercial com dezenas de equipamentos públicos e comunitários. O ponto de desequilíbrio é a questão da violência que é comum aos centros urbanos; estando a cidade operária cercada por 34 bairros e vilas; e sendo a comunidade mãe, carrega no colo por longos anos o estigma de lugar de conflitos. Na verdade é um ligar prazeroso de viver-se! Tem uma rede de Supermercados, farmácias, centenas de estabelecimentos comerciais diversos; com uma infra estrutura de uma cidade de porte médio com aproximadamente 260 mil habitantes em toda as suas áreas de abrangências.

terça-feira, 20 de abril de 2010

CURIOSIDADES...!

CURIOSIDADES, DA CIDADE OPERÁRIA!
A Cidade Operária invadida em 1986, tinha no seu comando uma tropa de choque peso pesado que comandava estes movimentos de ocupação. Eles atuavam de forma organizada, e quando a polícia deslocava-se para fazer o despejo; ou quando os contemplados chegavam para receber as casas, comunicavam-se rapidamente pipocando foguetes. Um sinal, um código de comunicação coletiva que servia para reunir ou dispersa-los. Existia o Movimento dos Contemplados e dos Ocupantes. A injustiça imperava dos dois lados, pois havia um balcão de negócios; durante a noite, saiam caminhões carregados de portas e janelas. Oportunistas usavam o movimento para levar vantagens; situação comum nos processos de invasões; embora, entre estes existissem aquelas famílias de baixa renda provenientes do Movimento Sem Teto, que não possuíam casas e líderes desprovidos de atitudes de exploração. Inegavelmente, dirigentes comprometidos com o Movimento dos Sem Teto, contribuíram para garantir o direito das famílias necessitadas de moradia.
A Cidade Operária na época era denominada de cidade dormitório, totalmente abandonada pelo poder público. Com a extinção do BNH, construída em área limite entre dois municípios persistiu a polêmica cartorial. Entre muitas variáveis políticas, de um governo recém eleito (Cafeteira) e do último ano de administração Municipal (Gardênia). Sem paternidade, a estratégia dos líderes foi criar entidades comunitárias, movidos pelas necessidades emergenciais e pelo programa do leite (Leite do Sarney); dezenas de associações foram criadas. O bairro possuía dois Conselhos Comunitários, 02 Associações de Feirantes, duas Associações de Moradores, dois Departamentos de Futebol Amador. A disputa política e de espaço de liderança era efervescente, bastante agitada. Diziam os mais antigos em conversas de esquina para descontrair, que este permanente clima de confusão e briga é porque no local era um imenso matagal, de desova. E que as almas penadas estavam clamando por justiça.
O projeto técnico do Conjunto Habitacional Cidade Operaria possuía 04 prédios destinados para funcionar centros comunitários. Foram depredados e com o passar do tempo, desviados de suas finalidades 01 cedido para instalação do 6° batalhão de policia militar, situado em frente ao mercado e 03 destinados para a área de educação: U.I Nascimento Morais, CEM II, e Centro de Referencia em Assistência Social (CRAS). A comunidade não dispõe de um Centro Social Comunitário, um espaço para audiências públicas e reuniões de interesse coletivo. Os locais disponíveis com agendamento prévio são: Associação de Moradores (AMCCO), Paróquia João Calábria e Centro Educacional São José Operário. Falta é gente, lideranças para encaminhar e lutar pelas melhorias do bairro! E o povo participar ativamente do processo reivindicatório.

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

COMUNIDADE EM AÇÃO V


O sonho da casa própria.

O primeiro programa mutirão habitacional do Maranhão aconteceu na Região Cidade Operária, executado pelo Grupo Comunitário Independente. A coordenação do programa habitacional ficou aos cuidados de Ozinete Lisboa pessoa de elevado espírito comunitário que durante 16 anos conduziu com seriedade e determinação os objetivos do grupo. A missão de conduzir o processo de organização das famílias para aquisição da casa própria, contou com vários colaboradores, na diretoria: O Sr. Joel Alves, Iranilson Cardoso, Pedro Mariano, e coordenadores de grupos; para ter acesso ao programa bastava comprovar: ser de baixa renda de até 03 salários mínimos, constituir família e não possui imóvel residencial.
O sucesso do grupo se dá em função da capacidade de articular parcerias com instituições governamentais e privadas, fomentadoras de programas de apoio a famílias de baixa renda; dentro de uma concepção de políticas de contrapartidas. Os mutirantes participavam com a mão de obra, com acesso aos cursos profissionalizantes para pedreiros, eletricistas, pintores, mestres de obra promovidos pelo SENAI.
A primeira etapa do programa habitacional
Foi executado em 1990, com a participação do Governo do Estado d o Maranhão; O governador Cafeteira determinou ao presidente da COHAB Paulo Marinho a liberação de um terreno nas imediações do bairro Cidade Operária (1989) para construção de 457 casas denominado conjunto residencial Recanto dos Pássaros; nos governos João Alberto e Edson Lobão foram executados o projeto técnico e aquisição de materiais de construção, com as famílias trabalhando em regime de mutirão sendo concluída essa etapa ao final de 1994.
A 2ª etapa foi executada nas imediações da Vila Cafeteira, próximo ao conjunto Paranâ no município de Paço do Lumiar; tendo como parceiro o Governo do Maranhão na gestão de Roseana Sarney; o programa deu inicio em 1995 e concluído em 2000, em regime de mutirão foi construídas 300 unidades nos residenciais Abdalla I e Abdalla II; Com o apoio na época da deputada Marly Abdalla. Apartír de 2005 houve mudanças na política habitacional sendo sugerido que o grupo fosse transformado em uma cooperativa. A Cooperativa foi criada em abril de 2005, optando pelo programa de Credito Solidário da Caixa Econômica Federal; em 2008 foi negociada a compra de lotes da imobiliária Nova Era na localidade Matinha, pertencente ao município de São José de Ribamar; As obras foram iniciadas em setembro de 2009 para construção de 400 unidades residenciais destinadas a famílias de baixa renda cadastradas pela Cooperativa Habitacional do Grupo Comunitário Independente. Os beneficiários do projeto são na maioria trabalhadores autônomos, e do comércio informal. Paralelamente ao nosso empreendimento está acontecendo nas imediações à limpeza da área para a construção de casas do programa Minha Casa, Minha Vida do Governo Federal; a diferença é que o nosso projeto a mão obra absorvida parte dela é do trabalhador contemplado. A empresa responsável, para acelerar o processo de construção deu prioridade aos nossos cooperativados que construirão suas casas com direito a remuneração pelos dias trabalhados.
COOPERATIVA DO GRUPO COMUNITÁRIO INDEPENDENTE

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

PAM CIDADE OPERÁRIA

PAM CIDADE OPERÁRIA... UPA. DE NOVO!

Os serviços de saúde foram implantados em maio de 1988, com a denominação Posto de Saúde, com atendimento básico de ambulatório, laboratório e pequenos serviços emergenciais. Na gestão do governo Cafeteira, na época não atendia as necessidades considerando o tamanho da população (Cidade Operaria, Janaina, Santa Clara) de aproximadamente 60 mil habitantes. Em abril de 1992 O governador Edson Lobão implanta a Unidade de Pronto Atendimento (UPA1) com duas ambulâncias, serviços de Urgência/Emergência 24hs, diversas especialidades médicas, laboratório de análises clinicas e diversos procedimentos ambulatoriais. Na época a população estimada em 120 mil habitantes em toda a região. Em 1995, Roseana eleita governadora; Presenteia a Cidade Operaria, em 02 de março através de decreto n°14459, que determina a DESCONCENTRAÇÃO DOS SERVIÇOS DE SAÚDE, MANDANDO DE VOLTA O POSTO DE SAÚDE, causando impacto, sofrimento e revolta da população. Em 24 de abril de 1996 a comunidade manifesta junto ao Ministério Público uma representação protocolada na Procuradoria Geral de Justiça do Estado processo n° 702/96, denuncia contra a governadora pelo fechamento da Unidade de Saúde durante a noite; pleiteando a volta dos serviços de Urgência e Emergência.
O Procurador Geral Dr. Jamil Gedeon dá prosseguimento ao feito, em setembro de 1998 vésperas da eleição, com a denominação de Unidade Mista de Saúde: voltam a funcionar os serviços de pronto atendimento medico 24hs, concretizando mais uma conquista dos movimentos populares.
Em 09/08/96 o então Secretário Marival Lobão assumiu o compromisso de ampliar os serviços do Pam Cidade Operaria conforme parecer consignado no oficio n° 1310 do processo 702/96. Os recursos para execução dos projetos de ampliação e reaparelhamento do hospital, oriundos do REFORSUS no valor de R$740.000,00(Setecentos e quarenta mil reais) com contrapartida de 20% do Governo do Estado para execução de projetos complementares.
O UPA2 alcança um bom nível de aceitação junto a comunidade com especialidades médicas (cardiologia, ginecologia, gatroenterologia, neurologia,otorrinolaringologia, e urologia); laboratório de análises clínicas,endoscopia,radiologia,ultrasonografia e diversos procedimentos médicos para atender uma população de 200 mil habitantes, cobrindo 26 bairros incluindo a Cidade OLÍMPICA. Essa estrutura funcionou bem até 2004, apartír daí acaba a emergência 24hs(UPA2), volta a funcionar até as 18 hs. O Pam Cidade Operária hoje funciona com serviços ambulatoriais; poucas especialidades médicas, apesar da boa recepção há uma demanda reprimida. Esta acontecendo reforma e ampliação no seu projeto de engenharia no valor de 2 milhões e 514 mil reais reais, faltando 08 meses prá eleição, fica uma população hoje com 260 mil habitantes, sem um hospital de referencia. Com a situação precária de transportes coletivos em horários de pico, com pouca oferta na área de saúde pública, onde faltam especialidades médicas, no Hospital Universitário, no Pam Diamante e em outras unidades.
Fechar o PAM CIDADE OPERARIA não é um bom negócio, a prioridade é ampliar especialidades médicas até porque o Socorrão II faz plantão emergencial 24hs; reforma neste momento é jogo político, gastar prá reformar dá retorno pra quem? Se o povo esta sofrendo com a falta de especialidades médicas!
A nossa unidade de saúde recebe as denominações de PAM, UPA, Unidade Mista, sendo do ponto de vista legal cadastrado como Posto de Saúde.
É de conhecimento público, uma reivindicação antiga formulada pelo movimento comunitário; de transformar esta unidade em um Hospital de Referencia em Média Complexidade; depende apenas da canetada, mudar o perfil e cadastrá-lo junto ao SUS. Fechar o PAM, Penso que é despriorizar a população! Ficando a mercê do marketing político do governo, UPA1...UPA2...UPA3 .
Querem passar para o povo que vamos ganhar um grande hospital, que sobrarão vagas no atendimento médico, vagas para exames de análises clínicas, remédios em abundancia, VIVA UPA3, enfim “SAÚDE PARA TODOS” que moram na propaganda do governo.