terça-feira, 27 de abril de 2010

CIDADE DORMITÓRIO


DE VOLTA AO PASSADO!
A Cidade Operária na sua fase de ocupação e durante o período de regularização dos mutuários (1987/1989) enfrentou os seus momentos angustiantes pela ausência do poder público, com aproximadamente 30 mil habitantes era chamada de Cidade Dormitório; carente de todo tipo de infra estrutura, coleta de lixo precária, possuía duas escolas inauguradas pelo governador Cafeteira e mais oito escolas comunitárias; quanto aos outros serviços: segurança, transportes e saúde, funcionavam de forma precária. As matérias jornalísticas da época destacavam a Cidade operária de campeã de mazelas, do abandono; os moradores antigos eram permanentemente vítimas de chacota; de gozação. Hoje a situação mudou a cidade cresceu ficou mais bonita e valorizada; possui um grande Centro Comercial com dezenas de equipamentos públicos e comunitários. O ponto de desequilíbrio é a questão da violência que é comum aos centros urbanos; estando a cidade operária cercada por 34 bairros e vilas; e sendo a comunidade mãe, carrega no colo por longos anos o estigma de lugar de conflitos. Na verdade é um ligar prazeroso de viver-se! Tem uma rede de Supermercados, farmácias, centenas de estabelecimentos comerciais diversos; com uma infra estrutura de uma cidade de porte médio com aproximadamente 260 mil habitantes em toda as suas áreas de abrangências.

terça-feira, 20 de abril de 2010

CURIOSIDADES...!

CURIOSIDADES, DA CIDADE OPERÁRIA!
A Cidade Operária invadida em 1986, tinha no seu comando uma tropa de choque peso pesado que comandava estes movimentos de ocupação. Eles atuavam de forma organizada, e quando a polícia deslocava-se para fazer o despejo; ou quando os contemplados chegavam para receber as casas, comunicavam-se rapidamente pipocando foguetes. Um sinal, um código de comunicação coletiva que servia para reunir ou dispersa-los. Existia o Movimento dos Contemplados e dos Ocupantes. A injustiça imperava dos dois lados, pois havia um balcão de negócios; durante a noite, saiam caminhões carregados de portas e janelas. Oportunistas usavam o movimento para levar vantagens; situação comum nos processos de invasões; embora, entre estes existissem aquelas famílias de baixa renda provenientes do Movimento Sem Teto, que não possuíam casas e líderes desprovidos de atitudes de exploração. Inegavelmente, dirigentes comprometidos com o Movimento dos Sem Teto, contribuíram para garantir o direito das famílias necessitadas de moradia.
A Cidade Operária na época era denominada de cidade dormitório, totalmente abandonada pelo poder público. Com a extinção do BNH, construída em área limite entre dois municípios persistiu a polêmica cartorial. Entre muitas variáveis políticas, de um governo recém eleito (Cafeteira) e do último ano de administração Municipal (Gardênia). Sem paternidade, a estratégia dos líderes foi criar entidades comunitárias, movidos pelas necessidades emergenciais e pelo programa do leite (Leite do Sarney); dezenas de associações foram criadas. O bairro possuía dois Conselhos Comunitários, 02 Associações de Feirantes, duas Associações de Moradores, dois Departamentos de Futebol Amador. A disputa política e de espaço de liderança era efervescente, bastante agitada. Diziam os mais antigos em conversas de esquina para descontrair, que este permanente clima de confusão e briga é porque no local era um imenso matagal, de desova. E que as almas penadas estavam clamando por justiça.
O projeto técnico do Conjunto Habitacional Cidade Operaria possuía 04 prédios destinados para funcionar centros comunitários. Foram depredados e com o passar do tempo, desviados de suas finalidades 01 cedido para instalação do 6° batalhão de policia militar, situado em frente ao mercado e 03 destinados para a área de educação: U.I Nascimento Morais, CEM II, e Centro de Referencia em Assistência Social (CRAS). A comunidade não dispõe de um Centro Social Comunitário, um espaço para audiências públicas e reuniões de interesse coletivo. Os locais disponíveis com agendamento prévio são: Associação de Moradores (AMCCO), Paróquia João Calábria e Centro Educacional São José Operário. Falta é gente, lideranças para encaminhar e lutar pelas melhorias do bairro! E o povo participar ativamente do processo reivindicatório.